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Fotos: Fabiano Dallmeyer |
Quando vemos um veterano escolado como o de David Coverdale fazendo seu trabalho, fica claro perceber o quanto grande parte dos front men
do hard rock devem a esse cantor inglês que completa 65 anos na próxima quinta-feira
(22). A frente do Whitesnake, o vocalista passou nesta terça-feira (20) pela
Capital gaúcha com o seu “Greatest Hits Tour 2016”. E como o nome da atual turnê propositalmente nos induz a
pensar, sim, o que vemos realmente não passa de um delicioso resgate e desfile de sucessos desses quase quarenta anos de trajetória do grupo.
Na verdade, as quinze músicas apresentadas do show do Pepsi On Stage
compreendem um período específico de tempo (1980-1989), justamente o auge do Whitesnake. 21h30, as se luzes apagam e “My Generation” do The Who é a trilha incidental
que nos dá o recado de que um dos representantes da velha guarda do hard rock vai
começar o seu show.
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
Ouvimos enfileiradas “Bad boys”, “Slide it in”, “Love ain’t
no stranger” e a balada “The deeper the love”. Artisticamente o tempo foi generoso com Coverdale, já que é fácil concluir que o inglês continua com a postura clássica que conhecemos dos vídeos e fotos. E convenhamos, não tem pra ninguém: ele é o rei das
acrobacias com um pedestal de microfone! Se aquele papo de que ainda fuma
três carteiras de Marlboro por dia é verdade, não sei. O fato é que David bebeu
cerveja durante o show, não parou um segundo sequer diante do público gaúcho e ainda nos mostrou o quanto que sua garganta continua saudável e potente. No palco, a conhecida performance recheada de clichês com trejeitos copiados infinitamente pelos band leaders do planeta rock. E dá-lhe maquiagem e cuidado com as madeixas.
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
“Ain’t no love in the heart of the city”
ganha uma versão/medley colada a “Judgment day”. Impossível pensar em apresentações do Whitesnake sem a inclusão deste tema. E assim, aos poucos, David vai
apresentando a banda. “Convido para tocar
comigo pessoas que vão levar o Whitesnake para frente. Esses caras que estão
trabalhando comigo hoje são incríveis nesse sentido” disse em entrevista a ZH. O
fato é que mais de 40 músicos já passaram pelo grupo. No time atual, quatro norte-americanos.
Nas guitarras, Reb Beach (Winger, Dokken e Alice Cooper) e
Joel Hoekstra (guitarrista solo no musical da Broadway Rock of Ages).
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Foto (iPhone): Fabiano Dallmeyer |
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Em solos distintos, os dois mostram suas habilidades no modelo clássico dos shows de hard rock. No baixo, Michael Devin (Lynch Mob) e na bateria, o veterano de muitas guerras Tommy Aldridge (Black Oak Arkansas e Ozzy Osbourne), apontado (com justiça) por muitos como um dos destaques da atual formação. E por último, o cantor e multi-instrumentista italiano Michele Luppi, responsável pelas teclas e a ocupar o posto que já teve nomes como Don Airey e Jon Lord.
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
“Cryin’ in the rain” é dos instantes que facilmente percebemos o tour de force
pleno do Whitesnake. O quarteto que acompanha seu líder não poupa sorrisos e movimentações sob as luzes, e o principal: reprisa com certo ineditismo e frescor os sucessos da banda. Após o fantástico solo de bateria de Aldridge, “Is this love” é o coro que soa
mais alto na passagem do grupo pelo RS. Sacaram que a palavra ‘LOVE’ é uma constante nos títulos?
Sim, apesar de ser uma banda alinhada ao rock pesado, o amor é uma das
temáticas favoritas de Coverdale. Então... mais uma – “Give me all your love”.
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
Com cara de fim de festa, “Here I go again”, hit absoluto do álbum “Saint & Sinners” (1982), supostamente antecipa o desfecho da apresentação. Banda sai do palco e a audiência pede o retorno de seus heróis. Nesse jogo ensaiado e antecipado no Chile e Argentina, o bis começa com “Still of the night”,
típica canção do Whitesnake da segunda metade dos anos 1980, que teve um
videoclipe com a atriz Tawny Kitaen, que logo após se tornaria a senhora David
Coverdale. A banda soa como se a noite estivesse começando. Na verdade, “Burn”,
clássico do Deep Purple cantado por um ainda novato vocalista em 1974, promove a grande viagem no tempo da noite deste feriado de 20 de setembro. Por mais quw tecnicamente o som do Pepsi as vezes pareça se diluir, a voz de Coverdade ainda soa vingativa e eficaz. Fim de espetáculo após uma hora e meia de apresentação. Próxima parada: São Paulo.
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
Falando um pouco mais sobre o tempo, parece que os anos não
pesam para David Coverdale, pois sua voz continua brilhante, o vemos feliz com líder de uma banda rejuvenescida, e suas canções envelhecem sem perder o viço. Talvez um
dos segredos desse vigor esteja na forma de David levar a vida, como tão bem
nos revelou na mesma entrevista citada acima: "Meu filho me falou, dia
desses: 'Pai, o tempo que você faz sucesso já é maior do que o tempo que você
não fez sucesso' (risos). É indescritível. Minha vida é maravilhosa, inspiradora,
rica, e eu tenho a sorte de continuar recebendo convites para tocar e gravar
discos. O mundo mudou muito, e é interessante que o Whitesnake ainda faça
sucesso. Por isso, eu tento manter as coisas interessantes".
É... o que vivemos ontem no Pepsi On Stage, falando
no quesito 'show de rock', certamente foi uma das noites mais interessantes de
2016. Próxima noite mágica da Grings - Tours, Produções e Eventos: Aerosmith, no Beira-Rio, dia 11 de outubro.
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
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Foto (iPhone): Fabiano Dallmeyer |
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
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Foto: Fabiano Dallmeyer |
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Foto (iPhone): Fabiano Dallmeyer |
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