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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

FITO PAEZ — ROSARIO (ARG), 02 DE DEZEMBRO DE 2023


Foto: Maximiliano Conforti
Foto: Maximiliano Conforti

Fito Paez desembarcou em Rosario (ARG) na noite de sábado (2), com a #EADDA9223, turnê que comemora os 30 anos de lançamento do disco "El Amor Después del Amor" (1992) — o mais vendido da história do rock argentino. Após 60 shows, a tour chega ao fim nos dias 15 e 16 de dezembro, em La Plata (ARG). Porém, antes de passar a régua, o músico não poderia deixar de visitar Rosario. E tocar na cidade é estar em casa. 

Foto: Maximiliano Conforti
Foto: Maximiliano Conforti
Por isso, fui com a mais alta das expectativas e consegui realizar um sonho: assistir Fito Paez pela enésima vez, a primeira em sua cidade natal. Após uma viagem meio planejada, meio na raça, não faltou emoção. Estar 'no quintal' do rosarino, diante de sua gente e seu público fiel, me parecia algo surreal. E foi.

Foto: Maximiliano Conforti
Foto: Maximiliano Conforti

O concerto começou com 30 minutos de atraso, no Ex Rural, espaço aberto no imenso Parque Independência. Inacreditavelmente o público pareceu compreender a ausência do artista no palco. Tirando palmas esparsas, a plateia não demonstrou desconforto com a demora. Eis que, às 21h30 o músico sobe ao palco acompanhado por uma super banda com sopros e percussão.

Foto: Maximiliano Conforti
Foto: Maximiliano Conforti

A entrega de Fito foi emocionante, mesmo que aparentemente o show seja previsível, pois reprisa o tracklist na exata ordem do álbum, mas traz algumas surpresas. Por exemplo, pouco antes da metade do espetáculo, a banda intercala um medley com músicas do álbum "Tercer Mundo", seguindo com as clássicas de "El Amor Después Del Amor".  

Foto: Maximiliano Conforti
Foto: Maximiliano Conforti
Bastante à vontade, como um filho pródigo que retorna ao seu quintal, Fito Paez conversa bastante, conta histórias e continuamente agradece ao público. A parte mais emocionante, sem dúvidas, foi a interpretação de "Al Lado del Camino", do disco Abre (1999). O tema surge numa versão mais lenta, reflexiva, forjando uma conexão incrível com o público. A música é autobiográfica e traz lembranças de passagens doloridas na vida do cantor (vale a pena ouvi-la e assistir à série "Amor y Musica", disponível na Netflix para entender). 

Foto: Maximiliano Conforti
Foto: Maximiliano Conforti
Em determinado momento, "Al Lado del Camino"é executada quase à capela, com breves notas ao piano, além do coro dos rosarinos. Aliás, a participação do público é assídua em quase todas as canções. 

Ao fim do show, Fito agradece a presença e a oportunidade de tocar em casa, diante dos seus. A função se repete nesta segunda-feira (4), às 21h, no mesmo Ex Rural, no Parque Independência, com ingressos esgotados. 

Foto: Maximiliano Conforti
Foto: Maximiliano Conforti

P.S.: Um fato que me chamou atenção foi a ausência de celulares no alto. Ao menos no setor onde eu estava (Campo, equivalente à Pista no Brasil). Os argentinos pareciam estar ali pela experiência, pelo artista e pelo show. Foi realmente uma surpresa bacana. #PeloFimDosCelularesNosShows


FITO PAEZ | EX ROSARIO, 2 de dezembro de 2023

El amor después del amor
Dos días en la vida
11 y 6
La Verónica
Tráfico por Katmandú
Pétalo de sal
Naturaleza sangre
Un vestido y un amor
Sólo los chicos / Nada más preciado / Gente sin swing / Tercer mundo / Yo te amé en Nicaragua
Ey, You!
Tumbas de la gloria
Nadie es de nadie / No bombardeen Buenos Aires
Al lado del camino
Circo Beat
Brillante sobre el mic
Ciudad de pobres corazones
A rodar mi vida

Bis:
Dar es dar
Mariposa tecknicolor
Y dale alegría a mi corazón

segunda-feira, 8 de maio de 2023

FITO PAEZ — PORTO ALEGRE, 6 DE MAIO DE 2023

| Foto: André Feltes |
| Por Lúcio Brancato Fotos: André Feltes |

Não é de hoje que sabemos que Porto Alegre é “longe demais das capitais...(Gessinger, Humberto), talvez para nossa vantagem a capital portenha acaba sendo mais próxima musicalmente do que qualquer outra no centro do nosso próprio país. Isso trouxe para o público e para o mercado uma perspectiva de diversidade e troca cultural muito forte e particular. Não falo aqui apenas da música, as trocas neste eixo ao sul do mundo refletem na literatura, cinema, teatro e artes plásticas. Quando falamos da arte pela qual nos detemos aqui, um dos melhores representantes deste intercâmbio de sucesso esteve fazendo show na noite do último sábado, 06 de maio, no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre. 

| Foto: André Feltes |
Com mais de 40 anos de estrada, o tempo já é testemunha da grandiosidade do artista que rompeu há muito todas as fronteiras na américa-latina. Entre essas cruzadas que sua música fez, certamente o Rio Grande do Sul é um dos territórios mais férteis que sua arte encontrou. Fito Páez virou um fenômeno por parte do público jovem ainda no começo dos anos 1990. As rádios de todo o Estado rodavam seus hits, os shows sempre lotados e com público cantando todas do início ao fim. Nesta noite não foi diferente, uma cumplicidade entre palco e plateia como poucos conseguem ter.

| Foto: André Feltes |
Na celebração dos 30 anos do álbum “El Amor después del Amor” (1992), até hoje o mais vendido na história do pop rock argentino, Fito Páez trouxe para o auditório — com ingressos esgotados — todas as 14 músicas na mesma ordem do disco, além de um passeio por outras grandes canções do seu repertório e uma surpresa para o público brasileiro. Mais que um flashback, o que presenciei no show foi um artista que, assim como sua obra, amadureceu muito bem. Se no ano do seu lançamento a sonoridade já estava conectada com seu tempo, hoje recebe novos olhares nos arranjos com mais ênfase numa música rica em detalhes, poesia e texturas. O álbum que pode ser considerado a redenção artística de Fito Páez, segue atual e instigante. Ao vivo, é ainda mais poderoso.

| Foto: André Feltes |
A catarse do público já começa pouco antes da banda entrar no palco. No melhor clima de torcida, num coro de “olê olê Fito Fito..., o Auditório Araújo Vianna recebeu em casa toda a pandilla argentina com o terreno pronto. Com uma linda iluminação num cenário minimalista de cores nos telões, Fito Páez e os nove músicos da banda dão o play no álbum trazendo uma das camadas eletrônicas que abrem “El amor después del amor”. Sem virar o disco, seguem embalando o roteiro apresentado a todos nós no já distante ano de 1992. Entre as faixas, Fito Páez escancarava uma evidente alegria estampada no rosto. Em alguns momentos parecia comentar com os músicos algo que deve ter contado pra eles antes de tocarem no Brasil, afirmando que o público daqui também cantava junto — “Viu, eu disse pra vocês!”. Dentro de um álbum com tantas estrelas que participaram na gravação original, antes de tocar “Pétalo de Sal” lembrou o nome de uma delas “brincando” que, mesmo hoje com a tecnologia de Inteligência Artificial, jamais se recriaria um Luis Alberto Spinetta.  Sem muitos respiros, escutamos o disco tocado ao vivo — com destaque ao naipe de metais e a vocalista Emme (Mariela Vitale, filha de outro ícone argentino Lito Vitale). Um intervalo de 10 minutos e o retorno com um setlist de hits escolhidos a dedo para a apoteose final: “Naturaleza Sangre”, “11 y 6”, “Circo Beat”, Ciudad de pobres corazones”.

| Foto: André Feltes |

Para o bis, um momento único fugindo ao roteiro do show. Sozinho ao piano entrega de presente para todos nós, uma versão linda de “Meu bem, meu mal”, de Caetano Veloso, e com a banda arremata “Dar es dar”, “Mariposa tecknicolor” e “Y dale alegria a mi corazón”, terminado assim uma noite de histórico reencontro de Fito com ele mesmo – e com o público de Porto Alegre que tão bem o abraçou. Olê olê olê olê...

Agradecimentos a Daniela Sangalli pela assessoria, suporte e credenciamento. 


Setlist:

El amor después del amor
Dos días em la vida
La Verónica
Tráfico por Katmandú
Pétalo de sal
Sasha, Sisi Y el círculo de Baba
Um vestido y um amor
Tumbas de la gloria
Lá rueda mágica
Creo
Detrás del muro de los lamentos
La balada de Donna Helena
Brillante sobre el mic
A rodar mi vida

Naturaleza sangre
11 y 6
Circo Beat
Ciudad de pobres corazones

Meu bem, meu mal
Dar es dar
Mariposa Tecknicolor
Y dale alegría a mi corazón
| Foto: André Feltes |

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