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Depois do show de aquecimento do Tesla, a banda americana Cheap Trick faz sua estreia não apenas no Solid Rock em Curitiba, pois essa foi a primeira vez do quarteto no Brasil! E se possivelmente as primeiras vezes nem sempre são legais (vocês sabem do que eu estou falando), essa analogia pode ser ignorada no caso em questão, já que a première do Cheap Trick deixou milhares de pessoas na Pedreira Paulo Leminiski batendo cabeça. Enquanto muitos lamentaram a troca de uma versão pálida do Lynyrd Skynyrd por um grupo inacreditavelmente ausente até mesmo da discoteca de roqueiros escolados, eu fui um dos poucos que comemoraram a suplência. Eis um grupo que já merecia faz tempo uma GIG por aqui.
Foto: Ton Muller |
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Em primeiro lugar, o Cheap Trick é um grupo que toca profundamente no espírito do rock norte-americano dos anos 1970, a grosso modo, um som que faz uma mistura da sonoridade dos anos 1960 com hard rock, cheio de melodia, refrões, solos de guitarra e muita diversão no palco. Em quatro décadas de atividade, 17 álbuns foram gravados, contabilizando mais de 20 milhões de discos vendidos em todo o mundo. O último trabalho, "We're All Alright!", saiu em junho deste ano. Na formação atual, três integrantes originais - Robin Zander (voz), Rick Nielsen (guitarra) e Tom Petersson (baixo). O baterista do tour é Daxx Nielsen (filho de Rick), no Trick desde o início dessa década, e com a responsabilidade de substituir o carismático Bum E. Carlos.
Em primeiro lugar, o Cheap Trick é um grupo que toca profundamente no espírito do rock norte-americano dos anos 1970, a grosso modo, um som que faz uma mistura da sonoridade dos anos 1960 com hard rock, cheio de melodia, refrões, solos de guitarra e muita diversão no palco. Em quatro décadas de atividade, 17 álbuns foram gravados, contabilizando mais de 20 milhões de discos vendidos em todo o mundo. O último trabalho, "We're All Alright!", saiu em junho deste ano. Na formação atual, três integrantes originais - Robin Zander (voz), Rick Nielsen (guitarra) e Tom Petersson (baixo). O baterista do tour é Daxx Nielsen (filho de Rick), no Trick desde o início dessa década, e com a responsabilidade de substituir o carismático Bum E. Carlos.
Foto: Ton Muller |
Já "California Man", clássico do grupo inglês The Move, originalmente ao estilo do rock dos anos 1950, ganha maquiagem nova e faz o povo chacoalhar o esqueleto, assim como a forma propositalmente desleixada/bagunçada como o Trick toca "Ain't no Shame" de Fats Domino (pioneiro do rock falecido no último mês de outubro) é simplesmente eletrizante e sintetiza todo o mudus operandi do quarteto. E ainda rola uma releitura arrasa quarteirão de "Run Rudolph Run" de Chuck Berry. Mas nem só de (ótimas) releituras se alimenta o Cheap Trick, bem pelo contrário. Do novo álbum, "Long Time Coming" e "You Got It Going On" são a prova de que o Cheap Trick deu o passo além. E aí segue um calhamaço de canções que você já conhecia e não lembrava de onde: "ah, então essa música é do Cheap Trick!!!". Sim, foi o que muitos concluíram ao ouvir temas como "If You Want My Love", "Ghost Town", "The Flame", "Dream Police" e "Stop This Game".
Foto: Ton Muller |
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Já nos primeiros instantes da apresentação, com "Hello There" e "Big Eyes", dupla de ases do álbum "In Color" (1977), recebemos um 'carteiraço' que expõe o poder de fogo do grupo. Estão lá a guitarra afiada de Rick Nielsen, seu estilo anárquico de se movimentar no palco e uma capacidade sobrenatural de intercalar velocidade e feeling o colocam em muitas listas dos melhores guitarristas de todos os tempos. Já o vocalista Robin Zander, um dos mais influentes perfomers do rock, como artista parece encapsular muitas personas conhecidas. Bastar ouvi-lo cantar ao vivo temas como "You Got It Going On" e fica fácil entender de onde eles vieram os tiques, trejeitos e o estilo de nomes como Axl Rose (Guns N' Roses) e principalmente Vince Neil (Motley Crue). E falando de sua versatilidade, se em "When I Wake Up Tomorrow" Zander pode soar limpinho como Roy Orbison, já em "Baby Loves to Rock" ele solta a voz como se fosse um Little Richard branquelo.
Um show que pegou o público aos poucos e acabou por instaurar um clima de celebração que entrega a bola queimando nas mãos do Deep Purple. Disparado, um dos melhores show de rock que vi em 2017.
Já nos primeiros instantes da apresentação, com "Hello There" e "Big Eyes", dupla de ases do álbum "In Color" (1977), recebemos um 'carteiraço' que expõe o poder de fogo do grupo. Estão lá a guitarra afiada de Rick Nielsen, seu estilo anárquico de se movimentar no palco e uma capacidade sobrenatural de intercalar velocidade e feeling o colocam em muitas listas dos melhores guitarristas de todos os tempos. Já o vocalista Robin Zander, um dos mais influentes perfomers do rock, como artista parece encapsular muitas personas conhecidas. Bastar ouvi-lo cantar ao vivo temas como "You Got It Going On" e fica fácil entender de onde eles vieram os tiques, trejeitos e o estilo de nomes como Axl Rose (Guns N' Roses) e principalmente Vince Neil (Motley Crue). E falando de sua versatilidade, se em "When I Wake Up Tomorrow" Zander pode soar limpinho como Roy Orbison, já em "Baby Loves to Rock" ele solta a voz como se fosse um Little Richard branquelo.
Um show que pegou o público aos poucos e acabou por instaurar um clima de celebração que entrega a bola queimando nas mãos do Deep Purple. Disparado, um dos melhores show de rock que vi em 2017.
Setlist CT no SR em Curitiba
Hello There
Big Eyes
California Man
You Got It Going On
Ain't That a Shame
If You Want My Love
When I Wake Up Tomorrow
Long Time Coming
Baby Loves to Rock
Ghost Town
In the Street
Stop This Game
I'm Waiting for the Man
The Flame
I Want You To Want Me
Dream Police
Surrender
Run Rudolph Run
Goodnight
Foto: Ton Muller |
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