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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PAUL McCARTNEY - PORTO ALEGRE, 7 DE NOVEMBRO DE 2010


Foto: Marcos Hermes
Diz a sabedoria popular que um homem atinge parte de sua plenitude como ser humano quando fecha uma tríade de realizações: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Essa é a receita. Eu arremato: se você gosta de música, acrescente mais um item a esse ditado – “você precisa assistir a um beatle ao vivo”.

Atualização: Leia resenha do show de Paul McCartney em 13.10.2017

A experiência de presenciar de perto ao show de Paul McCartney é algo tão forte, tão repleto de sensações, diferentes nuanças, cores e emoções, que só quando vivenciamos de perto ‘essa tal’ de "Up and Coming Tour", é que temos a real dimensão do evento.

Fotos:Marcos Hermes
Mesmo que as piadas sejam velhas e apesar da previsibilidade do set apresentado no show, o resultado final passa longe de algum tipo de expectativa enfadonha de mesmice. Sabe por quê? O velhote ainda é dominado pela magia do palco. E como astro pop amplamente disposto em dar o máximo de si, ele continua tocando suas músicas com a gana de um iniciante. 


Foto: Marcos Hermes
Paul esbanjou simpatia, ora falando em português, outras vezes em inglês e até mesmo em bom gauchês! Também exibiu sua usual habilidade de multi-instrumentista, tocando guitarra, violão, piano, bandolim e ukulele. Outro detalhe fácil de ser percebido é que ao lado de sua atual banda, o velho cavaleiro do rock cai na estrada renovado e motivado. E tem fôlego para nos enterter por até 3h de espetáculo, isso sem demostrar sinais visíveis de cansaço!

No início, antes mesmo do ex-beatle pronunciar a primeira frase no medley “Venus & Mars/Rockshow”, começa a cair a ficha de que estou frente a um beatle! Recupero as forças em “Jet”, mas a comoção volta a bater forte em “All My Loving”. 

Afinal, eis a primeira canção da noite dos Fab Four tocada por um dos criadores do quarteto!




O show de Paul McCartney pode soar como um mega espetáculo (fica difícil de narrar todo o mise-en-scène pirotécnico de “Live and Let Die”), ou às vezes intimista (Blackbird, Here Today), como também pode diluir as cores vibrantes de um rock and roll pegado (Sing The Changes, Back in the U.S.S.R, I Got a Feeling, Band On The Run), mas  acima de tudo - a emoção nunca deixa de atuar em alta rotação, seja tocando Beatles, Wings ou sua carreira solo.

Foto: Marcos Hermes
E ainda fomos premiados com um fenômeno astronômico: uma estrela cadente riscou o céu porto-alegrense (no campo de visão pouco acima do palco) no exato momento em que Paul e banda tocavam “Let Me Roll It” (vídeo abaixo). 

Sim, um astro sideral cruzou pelo Estado, seu nome é James Paul McCartney.

Veja no vídeo: 1 min e 30 seg, canto esquerdo da tela!



#
Confira o setlist:

01. Venus and Mars/Rock Show
02. Jet
03. All My Loving
04. Letting Go
05. Drive My Car
06. Highway
07. Let Me Roll It
08. The Long and Winding Road
09. Nineteen Hundred and Eighty Five
10. Let ‘Em In
11. My Love
12. I’ve Just Seen a Face
13. And I Love Her
14. Blackbird
15. Here Today
16. Dance Tonight
17. Mrs. Vandebilt
18. Eleanor Rigby
19. Something
20. Sing the Changes
21. Band on the Run
22. Ob-La-Di Ob-La-Da
23. Back in the USSR
24. I’ve Got a Feeling
25. Paperback Writer
26. A Day in the Life/Give Peace a Chance
27. Let it Be
28. Live and Let Die
29. Hey Jude
30. Day Tripper
31. Lady Madonna
32. Get Back
33. Yesterday
34. Helter Skelter
35. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club
36. The End

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